A visita desta manhã ao Museu do Oriente também passou pela coleção permanente, com objetos que trazem até nós o país que os portugueses (os primeiros europeus a chegar ao Japão) encontraram no século XVI. De entre os vários objetos, destacamos os Biombos Namban, também eles representados por Sophia de Mello Breyner Andresen, num poema que mostra o alcance que teve a chegada dos Bárbaros do Sul ao porto de Nagasáqui. Destacamos, ainda, as camélias, que trouxemos do país do sol nascente e cuja flor encontrámos à entrada do Museu:
Os biombos Namban contam
A história alegre das navegações
Pasmo de povos de repente
Frente a frente
Alvoroço de quem vê
O tão longe tão ao pé
Laca e leque
Kimono camélia
Perfeição esmero
E o sabor do tempero
Cerimónias mesuras
Nipónicas finuras
Malícia perante
Narigudas figuras
Inchados calções
Enquanto no alto
Das mastreações
Fazem pinos dão saltos
Os ágeis acrobatas
Das navegações
Dançam de alegria
Porque o mundo encontrado
É muito mais belo
Do que o imaginado
Música: Balloon
Músico: @iksonmusic
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